Wednesday, February 08, 2006

O teu mundo chove no meu

Estou afogado
Na perfeição do passado.

Cobres de gélidas gotas
Cada conquista,
Cada alegria.

Olho para cima.
Ris-te de mim.

Por muito que suba
Não te chego.

Tenho frio.
O passado já não faz mais
Que gelar o novo Eu.

Oh velhas memórias...
Antigo eu distante.


Diogo Almeida

3 Comments:

Blogger soledade said...

Que há de novo sob o céu?! E não foi tudo já dito? Talvez sim, mas não por nós, e não como nós o diremos. Medimo-nos com gigantes, mas também essa angústia, esse "frio" que o teu poema tão bem exprime, são impulso à criação. Como se prova neste excelente poema!

1:27 PM  
Blogger AlguemQueNaoEu said...

Penso mais nas coisas que eu mesmo já fiz, ou que fiz melhor que faço agora. Ou até que não fiz, nem precisei de fazer...

2:58 PM  
Blogger soledade said...

Nunca a mesma água passa por baixo da ponte.

5:29 PM  

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